770 DOC. 485 ON THE THEORY OF LIGHT 2 REVISTA DA ACADEMIA BRASILEIRA DE SCIENCIAS como se a irradiação fosse constituida de quanta, de energia hv e hv de impulso igual a-. Por essa concepção, abandonaram os auctores a validez exacta dos theoremas da conservação da energia e da quantidade de movi mento, substituindo-os por uma relação que aspira apenas a um valor estatístico. Afim de verificar experimentalmente esse modo de vêr, ten taram os physicos berlinenses Geiger e Bothe uma interessante experiencia sobre a qual desejaria chamar a vossa attenção. Ha alguns annos, tirou Compton, da theoria dos quanta de luz, uma consequência de grande importancia e que a experiencia confirmou. Por occasião da diffusão de raios Röntgen duros pelos elec trons constitutivos do atomo, pôde acontecer que o impulso (choque) do quantum incidente seja suficientemente forte para separar o electron do atomo. A energia necessaria para isso é retirada do quantum, por occasião da collisão, e manifesta-se, de accordo com os principios da theoria dos quanta, na diminuição da frequência da irradiação dif fundida, comparada com a da irradiação incidente constituida pelos raios Röntgen. Esse phenomena, verificado pela experiencia qualitativa e quan titativamente, é conhecido sob a denominação de « effeito Compton.» Para que se possa comprehender o « effeito Compton » pela theoria de Bohr, Cramers c Slater, é necessario conceber a dif fusão da irradiação como um processo continuo em que tomam parte todos os atomos da substancia que diffunde aquella irradiação, em quanto a emissão dos electrons tem apenas o carácter de acon tecimentos isolados que obedecem a leis estatisticas. Pela theoria dos quanta de luz, também a diffusão da luz possue o carácter de acontecimentos isolados, devendo sempre existir, em uma determinada direcção, um electron emittido, toda vez que pela irradiação que incide sobre a materia é produzido um effeito secundario. Pela theoria dos quanta de luz, existe, assim, uma dependencia estatistica entre a irradiação diffundida, no sentido de Compton, e a emissão de electrons, dependencia que não deve existir pela con- cepeão theorica dos auctores acima referidos. Para verificar o que se dá na realidade, é necessario um appa relho capaz de constatar um unico processo elementar de absorpçào, respectivamente, um unico electron emittido. Esse apparelho existe na ponta electrisada, onde um unico