APPENDIX L EINSTEIN’S LECTURE AT THE ENGINEERING CLUB, RIO DE JANEIRO This lecture was held at the Engineering Club in Rio de Janeiro on 6 May 1925 and pub- lished under the subheading “A Conferencia no Club de Engenharia” in an article entitled “O Dia de Einstein” in O Jornal, 7 May 1925. According to Tolmasquim 2003, p. 242, this Portuguese version is a free translation from the German original by Einstein. [...] Do mesmo modo que a thermodynamica estabelece, como postulado, a impossibi- lidade do moto continuo, estabelece theoria da relatividade, como postulado, a velocidade da luz como velocidade que não pode ser ultrapassada. Talvez que ao metaphysico repugne aceitar a velocidade da luz como o limite que não pode ser ultrapassado, o physico, porém—e a theoria da relatividade é obra de physico e não de metaphysico—recusa-se a trabalhar, usando noções e grandezas, que não sejam pas- siveis de medida e, assim, parece-lhes natural basear suas theorias em grandezas mensura- veis de preferencia, a introduzir, arbitrariamente, grandezas ficticias sem definição physica e não susceptiveis de medida. A mecanica classica é baseada no principio de inercia, ou de Gallileu, segundo o qual um corpo que não esteja sujeito á acção de nenhuma força, se move com movimento retili- neo uniforme, segundo ella não ha um systema privilegiado de referencia, isto é, qualquer systema de referencia que esteja animado em relação a um outro de um movimento unifor- me, pode servir de systema de referencia, e em relação a elle as leis do movimento são as mesmas que em relação ao primitivo de referencia, assim, pois, de uma infinidade de siste- mas, todos animados de movimento rectilineo uniforme, uns em relação aos outros, qualquer delles pode ser tomado como de referencia, não havendo nenhum delles privile- giado—é o princípio da relatividade do movimento. Em physica, porém, no estudo da Optica, já a lei fundamental da propagação da luz não encontraria um analogum deste prin- cipio, visto como, segundo as theoria pre-relativistas, conforme o systema de referencia escolhido, diversa seria a velocidade medida para a luz. A theoria da Relatividade consegue, entretanto, fazer desapparecer esta discordancia, permittindo exprimir a lei de propagação da luz sob a mesma fórma, qualquer que seja o systema de referencia, estendendo, portanto, a outros ramos da Physica a velocidade de pro-