APPENDIX N EINSTEIN’S LECTURE AT THE POLYTECHNIC SCHOOL, RIO DE JANEIRO This lecture was delivered at the Polytechnic School in Rio de Janeiro on 8 May 1925 and published under the subheading “A exposição de Einstein” in an article entitled “O Dia de Einstein” in O Jornal, 9 May 1925. […] Recapitulando o assumpto da ultima conferencia, synthetisou Einstein a theoria da relatividade restricta, no principio de constancia da velocidade da luz em todos os systemas inerciaes. A theoria da relatividade considera o mundo real da Physica como um continuo de qua- tro dimensões, onde espaço e tempo estão ligados de modo indissoluvel. Ao contrario, na sciencia prerelativista, os acontecimentos eram ordenados de modo objectivo no tempo, independente da noção de espaço. Na sciencia classica, a geometria—geometrica euclideana—era estudada antes da Phy- sica, independente desta e como base real para a mesma. Os systemas de referencia fornecidos pela Geometria e indispensaveis á descripção de qualquer phenomeno physico, são implicitamente considerados corpos solidos. No caso de duas dimensões, por exemplo, a geometria euclideana, pressupõe sobre o ponto de vista physico a possibilidade de formar uma rêde de malhas com reguas eguaes justapostas. Não sendo possivel tal construcção a geometria não será euclideana. Na theoria da relatividade restricta admitte-se ainda ser euclideana a geometria e nella o tempo é definido, levando em consideração o principio da constancia da velocidade da luz, permittindo, assim, synchcronisar todos os relogios de um systema, cujo tempo fica por conseguinte definido. Passando-se, porém, de um a outro systema, ambos inerciaes, verificam-se as conse- quencias já assignaladas na trucção das escalas, a saber: a construcção das escalas no sen- tido do movimento e o retardamento do tempo, um e outro effeito observado do primitivo systema de referencia. Vê-se assim, pelo exposto, que não ha systema inercial de referencia privilegiada, sendo todos equivalentes, para a expressão das leis da natureza.